UFRN inaugura laboratório para produção de bio-óleo

A UFRN conta com mais um laboratório na área de desenvolvimento de bio-combustíveis. No dia 22 deste mês foi inaugurado no Departamento de Engenharia Química o o Laboratório de Biomassa e Biocombustíveis. O novolaboratório está localizado no Núcleo de Tecnologia Industrial. Durante o evento, houve exposição da matéria-prima utilizada, o capim elefante, e dos produtos obtidos através da pirólise. Estiveram presentes o reitor Ivonildo do Rêgo; Alípio Ferreira e Alberto Fontes, da Petrobras; Gustavo Moura, do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES); representantes da CTGAS e da EMPARN.

"O laboratório irá contribuir para o desenvolvimento sustentável e trará benefícios na questão da geração de renda. Com uma matéria-prima produzida largamente no país, espera-se diminuir a emissão de CO² e atenuar o uso de madeira florestal. O objetivo será produzir um bio-óleo mais estável e de melhor qualidade", explicou João Fernandes de Sousa, coordenador do laboratório.

Dois projetos serão contemplados com a inauguração desse novo prédio, inseridos na Rede Temática Centro de Desenvolvimento de Produtos e Processos para o Refino. O primeiro propõe a implantação de infraestrutura laboratorial na Universidade para o desenvolvimento de processos na área de biomassa. O outro, do tipo P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), diz respeito à produção de bio-óleo a partir do capim elefante, aplicando a técnica da pirólise rápida catalítica. Os projetos têm recursos da Petrobras e da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

"A parceria com a Petrobras tem sido de grande importância para a Universidade, que já conta com 40 laboratórios financiados pela empresa. Também nos qualificou e nos colocou numa posição diferenciada no contexto do país, com planos para avançar na área das novas energias renováveis, após os projetos com petróleo e gás", disse o reitor da UFRN, Ivonildo do Rêgo.

Para o gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Abastecimento do Centro de Pesquisas da Petrobras, Alípio Ferreira, esta primeira unidade de pirólise em uma Universidade Federal irá gerar um grande impulso no crescimento da pesquisa local. O projeto será desenvolvido até ser possível a produção de combustível.

"A Universidade e a Petrobras estão seguindo uma tendência mundial para a obtenção de combustíveis limpos e para a consequente redução de emissão de gases poluentes. E estão de acordo com o programa do Governo Federal, criado em 2005, para substituição do diesel por biodiesel a partir de 2013", falou Alberto Fontes, diretor de biodiesel da Petrobras Biocombustível.